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PRODUÇÃO SEGURA – Chuvas torrenciais que caíram sobre o Paraná causaram prejuízos à tilapicultores que foram a Brasília em busca de seguro

PRODUÇÃO SEGURA – Chuvas torrenciais que caíram sobre o Paraná causaram prejuízos à tilapicultores que foram a Brasília em busca de seguro

Data de Publicação: 25 de outubro de 2023 09:53:00 A inundação, segundo os piscicultores, alterou o ambiente de cultivo e acabou matando os peixes. Diferentemente de outras culturas produtivas, os aquicultores tem imensa dificuldade de contratar seguros #tempestades no paraná #peixes morrem #tilápias morrem #seguro para piscicultura

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Redação

As recentes tempestades que caíram sobre parte do Paraná causaram grandes prejuízos aos tilapicultores do estado, o maior produtor de tilápia do Brasil. Em busca de meios para amenizar este e futuros danos em consequência de eventos naturais, piscicultores paranaenses estiveram na tarde desta quarta-feira, 25,  no Ministério da Pesca e Aquicultura para pedir socorro ao Governo Federal. Eles foram recebidos pelo ministro André de Paula e por técnicos das secretarias nacionais de Pesca Industrial e de Aquicultura.

- Morreram milhares de peixes. Além de tilápias, os peixes nativos também morreram. Nós queríamos que, quando acontecesse justamente alguma fragilidade na piscicultura, pudéssemos ser ressarcidos de alguma forma. Precisamos que o governo nos ajude com alguma ação, para ter um seguro - disse Gilson Tedesco, piscicultor paranaense.

Com as chuvas torrenciais,  22 municípios ficaram em situação de emergência. Até um tornado, fenômeno incomum no Brasil, arrasou o município de Cascavel, no oeste paranaense.

Audiência com ministro André de Paula e
aquicultores paranaenses (Foto: Ascom/MPA)

 

A inundação, segundo os piscicultores, alterou o ambiente de cultivo e acabou matando os peixes. Diferentemente de outras culturas produtivas, os aquicultores tem imensa dificuldade de contratar seguros. Por este motivo, quando um fenômeno natural os afeta, eles perdem toda a produção.

Divangela Kuligowski, piscicultora que estava na comitiva trazida falou sobre isso.

- A questão não é só ressarcimento, mas também a segurança. Precisamos ter segurança para produzir. Além disso, precisamos criar um sistema para minimizar e prevenir esses danos.

O diretor do Departamento da Indústria do Pescado, Helinton José Rocha, ressaltou a importância de um estudo aprofundado e estatisticamente embasado para oferecer uma taxa de seguro adequada. Ele enfatizou a necessidade de coletar dados sobre acidentes dessa natureza, a fim de desenvolver um sistema eficiente.

O ministro André de Paula, então, orientou os piscicultores a levantarem informações sobre a produção e os riscos climáticos que afetam a tilápia brasileira. Esses dados serão utilizados para embasar estudos e construir um sistema de seguros que proteja os produtores nacionais.

O Paraná lidera a produção nacional na piscicultura. Das 860 mil toneladas de 2022, o estado contribuiu com 194 mil toneladas, mais do que a soma dos segundo, terceiro e quarto colocados -- São Paulo (77,3 mil ton), Rondônia (57,2 mil ton) e Minas Gerais (51,7 mil ton). 96% da produção paranaense é de tilápia. 

*Fonte: Comunicação do MPA.

 

Atualização desta matéria, feita nesta quinta-feira, 26, as 09h00.

Após a publicação desta matéria, na noite desta quarta-feira, 25, o Jornalismo do PISCISWHOW recebeu alertas quanto a um erro de informação contido na publicação gerada pela Assessoria de Comunicação do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Na verdade, apenas uma piscicultura, a Alpha Fish, do piscicultor Gilson Tedesco, teve perdas na sua produção. Conforme o superintendente do MPA no Paraná, João Geraldo Barros, com quem conversamos nesta manhã, esse criatório fica no lago da Usina Hidroelétrica de Salto Osório, localizado no Rio Iguaçu, entre os municípios de São Jorge d´Oeste e Quedas do Iguaçu.

Ainda conforme João Geraldo, indevidamente a UHE supracitada abriu as comportas da barragem o que causou maior velocidade no curso da água e, assim, movimentando sedimentos de matérias orgânicas depositadas no fundo do lago. Este material é rico em Nitrito, Fósforo e nitrogênio ou que causou a redução drástica do oxigênio da água à montante.

João Geraldo afirma ainda que a  visita que os piscicultores, acompanhados por ele e pelo deputado federal Paulo Litro, teve como objetivo levar ao ministro o ocorrido e sugeri a criação de um seguro aquícola para os piscicultores; a isonomia na tributação da ração para peixes e a desburocratização das outorgas de águas da União.

Antônio Oliveira

 

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