TAMBAQUI – Pesquisas buscam um peixe sem espinha e de ciclo mais curto
Data de Publicação: 3 de outubro de 2023 11:21:00 Peixe que vem ganhando o mundo, devido ao sabor do seu filé e costelinha, a espécie deverá ganhar muito mais mercados nacional e internacional a partir destas condições genéticas. "E a tilápia que se cuide!" #tambaqui #melhoramento do tambaqui #genética do tambaqui #pesquisa #tambaqui sem espinha #tambaqui de seis meses
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Piscicultor Jennes Menezes, dono da piscicultura onde
o lote de tambaqui sem espinha foi encontrado (Foto: Acervo pessoal)
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Por Antônio Oliveira
Segundo peixe mais cultivado no Brasil, o tambaqui passa por dois processos de alteração genética, tornando-o mais fácil de ser cultivado, processado e degustado. Uma pesquisa é focada na criação de uma linhagem sem espinha e a outra é apressar o “ponto” de abate desta espécie amazônica, reduzindo de nove para seis meses.
A pesquisa por um tambaqui sem espinha Y (ípsilon, devido ao seu formato) está sendo desenvolvida a partir da descoberta, em 2012, de um lote de tambaquis sem espinha numa piscicultura no estado de Rondônia. Na verdade, foi uma mutação genética e que está em estudo em alguns institutos de melhoramento genético de peixes, a exemplo da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), com intuito de se descobrir uma linhagem livre desse entrave.
Já o tambaqui de ciclo mais curto está em desenvolvimento, também, pelo Centro Nacional de Pesquisa da Embrapa, em Palmas, com a parceria do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), por meio do Projeto BRS Aqua, fomentado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Este estudo usa uma “tesoura genética” para desativar a miostatina, que é a proteína que inibe o crescimento. O objetivo é fazer com que o tambaqui chegue ao tamanho ideal de despesca em seis meses, o que possibilitaria aos produtores ter duas safras por ano.
- Edição genômica é um tipo de pesquisa que está na fronteira do conhecimento - diz Danielle de Bem Luiz, chefe-geral da unidade de pesquisa da Embrapa no Tocantins.
- Mas isso não significa que ela só possa ser acessada pelo grande produtor. Quando nós transferirmos a tecnologia, os pequenos produtores vão ter acesso também – completou, durante reunião, em maio deste ano, com o ministro do MPA, André de Paula e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, pediu que o ministério busque a empresa para trabalhar o mais próximo possível.
- Nós fomos criados para isso, para transferir tecnologia e conhecimento para o setor produtivo - falou.
O ministro André de Paula orientou sua equipe a criar uma rotina de interlocução com a Embrapa, para aproximar a ciência do chão de fábrica da cadeia do pescado.
- Além disso, acho que devemos, juntos, fazermos uma visita ao nosso parceiro BNDES, para atualizar os termos do projeto BRS Aqua – frisou.
A secretária nacional de Aquicultura, Tereza Nelma, afirmou que vem encontrando no setor produtivo uma demanda alta por aplicações científicas na cadeia do pescado, sobretudo melhoramento genético dos cultivos.
- De fato, precisamos dessa aproximação com o setor produtivo e vamos estreitar esse contato.
Tambaqui
O peixe amazônico é criado majoritariamente em fazendas na região Norte do país. O estado de Rondônia é o maior produtor, com 57,2 mil toneladas em 2022, seguido de Maranhão, com 39,1 mil toneladas, Mato Grosso, com 38 mil toneladas, Pará (24 mil ton) e Amazonas (21,3 mil ton).
O Brasil produziu 267.060 toneladas de peixes nativos em 2022, mais de 90% desse número composto por tambaquis. O comércio exterior ainda é incipiente. Em 2022, as exportações dessa espécie somaram apenas 71 toneladas, menos de 0,5% do pescado vendido ao exterior no ano passado.
*Com informações da Embrapa Pesca e Aquicultura de MPA.

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