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AVICULTURA E SUINOCULTURA ][ ABPA projeta recordes de produção e consumo, e superação da Influenza Aviária

AVICULTURA E SUINOCULTURA ][ ABPA projeta recordes de produção e consumo, e superação da Influenza Aviária

Apesar dos desafios como a Influenza Aviária e tarifas americanas, a ABPA prevê um cenário positivo para 2025 e 2026, com aumentos significativos na produção, exportação e consumo de ovos, carne de frango e carne suína no Brasil.

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A coletiva foi realizada em São Paulo com participação on line
de jornalista brasileiros de agro (Foto: Ascom/ABPA)

Da redação

Em uma concorrida coletiva de imprensa presencial e virtual, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou projeções otimistas para a avicultura e a suinocultura brasileiras, antecipando desempenhos positivos em produção, exportações e consumo para os próximos anos. Ricardo Santin, presidente da ABPA, destacou que o setor demonstra uma notável capacidade de superação, especialmente após enfrentar o desafio da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, uma enfermidade de impacto global. Ele afirmou que há uma perspectiva de retorno à normalidade.

Santin ressaltou as expectativas favoráveis para o fechamento deste ano, mesmo diante da crise sanitária enfrentada pela avicultura.

Apesar de bons resultados nas exportações para Ásia
e Europa, tarifaço americano preocupa setor (Print de tela)

- O mercado global segue altamente demandante por proteínas. O mesmo é visto em nosso mercado interno, com projeções de alta de consumo nas três proteínas - avalia o presidente.

Embora as exportações para Ásia e Europa estejam com bons resultados, Santin expressou preocupação com o mercado norte-americano, em razão das tarifas impostas a produtos brasileiros, incluindo carnes, pelo governo Donald Trump. Para ele, o "tarifaço" impõe sacrifícios, e a ABPA espera uma reversão da situação com os Estados Unidos.

Projeções por setor

Ovos: A produção brasileira de ovos deve alcançar 62 bilhões de unidades em 2025, um aumento de 7,5% em relação a 2024 (57,683 bilhões). Para 2026, a expectativa é de nova expansão, chegando a 65 bilhões de unidades (+4,8%). As exportações do setor devem crescer exponencialmente, atingindo 40 mil toneladas em 2025 (+116,6% sobre 2024, que foi de 18.469 toneladas) e 45 mil toneladas em 2026 (+12,5%). O consumo per capita de ovos também está em ascensão, projetado para 288 unidades em 2025 (+7,1% sobre 2024) e 306 unidades em 2026 (+6,3%). Santin prevê que, ao final de 2025, o Brasil estará, pela primeira vez, entre os 10 maiores consumidores per capita de ovos do mundo.

Impactos do tarifaço nos setores de ovos, suíno e tilápia)

Carne de Frango: A produção brasileira de carne de frango deverá totalizar 15,400 milhões de toneladas em 2025, um aumento de até 30% em relação aos 14,972 milhões de toneladas de 2024. Em 2026, a projeção é de 15,700 milhões de toneladas (+2%). As exportações, por sua vez, devem apresentar leve queda em 2025 (5,200 milhões de toneladas, -2% em relação a 2024), mas com retomada em 2026, alcançando 5,500 milhões de toneladas (+5,8%). No mercado interno, a disponibilidade de carne de frango deve crescer 5,4% em 2025, chegando a 10,200 milhões de toneladas, com estabilidade em 2026. O consumo per capita está previsto para 47,8 kg por habitante em 2025 (+5,1% sobre 2024), mantendo-se nesse patamar em 2026. Santin destacou a superação da crise da Influenza Aviária e a força do mercado interno, que impulsiona a produção.

Reprodução de tela

Carne suína: A produção nacional de carne suína deverá atingir 5,450 milhões de toneladas em 2025, um incremento de 2,7% sobre 2024. As exportações são projetadas para alcançar 1,450 milhão de toneladas em 2025 (+7,2% sobre 2024). A disponibilidade interna deve chegar a cerca de 4 milhões de toneladas em 2025 (+1,2%), e o consumo per capita passará de 18,6 kg para 19 kg em 2025 (+2,2%). Santin afirmou que a suinocultura brasileira registrará novos patamares de produção, consumo e exportações em 2025, com a reconfiguração do mercado internacional, impulsionada por Filipinas, México e nações da América do Sul, reforçando a posição do Brasil.

 

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