OTIMIZANDO A PRODUÇÃO: Redução de natimortos essencial para a suinocultura brasileira
Data de Publicação: 26 de junho de 2025 11:05:00 O aumento no número de leitões desmamados por fêmea em granjas brasileiras é um bom sinal, mas a taxa de natimortos ainda é um desafio significativo que exige atenção a fatores como duração da gestação e parto, idade da fêmea e manejo.
Informe técnico
A suinocultura brasileira busca constantemente aprimorar a sua produtividade, e um indicador crucial é o número de leitões desmamados por fêmea ao ano. Em 2024, a média nacional registrou um aumento de 1,08 leitões/fêmea/ano em comparação com 2020, atingindo 29,99 (Relatório Agriness 2024). No entanto, o desafio dos leitões natimortos impacta diretamente esse avanço.
Em 2024, a porcentagem de natimortos e mortos ao nascer nas granjas brasileiras variou entre 5,19% e 8,40%. Aproximadamente 10% dessas mortes ocorrem antes do parto, 75% durante e 15% logo após o nascimento. A médica-veterinária Laura dos Santos, da Auster Nutrição Animal, explica que as mortes pré-parto geralmente estão ligadas a causas infecciosas, enquanto as que ocorrem durante ou após o parto são não infecciosas, como a duração da gestação e do parto, a idade das fêmeas e o atendimento ao parto.
A duração da gestação, que é em média de 115 dias, é um fator determinante. Gestações com 113 dias ou menos podem aumentar em 2% a taxa de natimortos, provavelmente devido à imaturidade dos leitões. Por isso, a Dra. Laura enfatiza a importância de um protocolo de indução ao parto seguro e eficaz, baseado na média da duração da gestação das fêmeas do sistema.
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A duração do parto e o jejum pré-parto também são cruciais (Foto: Divulgação) |
. Estudos mostram que fêmeas que finalizaram o parto até 3 horas após a última refeição tiveram partos mais curtos e menos natimortos. Por outro lado, o jejum prolongado (mais de 6 horas) pode levar a partos mais longos, maior necessidade de assistência e um aumento de 1,76 vezes na taxa de natimortos. Fêmeas mais velhas (cinco paridades ou mais) também apresentam maior incidência de natimortos, possivelmente devido ao menor tônus muscular uterino.
A médica-veterinária destaca que a supervisão ativa do parto pode reduzir em até 5% o número de leitegadas com natimortos, permitindo intervenções rápidas. Capacitar a equipe de parto é essencial para manejar cenários como partos distócicos com aplicação de ocitocina ou palpação vaginal.
Para prevenir leitões natimortos, é fundamental o acompanhamento atento do parto, a atenção a fêmeas de risco (mais velhas ou com histórico de alta natimortalidade), a identificação de fatores de risco específicos de cada sistema e a implementação de medidas preventivas. Além disso, o controle de causas infecciosas como parvovirose, leptospirose e erisipela, por meio de um programa de vacinação adequado, é imprescindível.
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