Edição do ano passado da FENACAM. Até que mostrem ao contrário, ainda é maior do Brasil (Foto: Divulgação)

Por Antônio Oliveira

Agrishow, Expointer, Expodireto Cotrijal, Bahia Farm Show, Tecnoshow, Show Rural Copavel, Fenasucro & Agrocana, Agrotins e Agrobalsas são alguns dos eventos nacionais e regionais voltados para o agronegócio e que ocorrem anualmente. Elas têm fundamental importância para cadeia produtiva e de valor dos agronegócios no Brasil, uma vez que promovem a difusão de novas tecnologias, a venda de produtos e serviços e atraem, cada vez, mais investidores para a agropecuária porteira a dentro e porteira a fora. Com elas, o campo se renova com novas tecnologias desenvolvidas por institutos públicos e privados e, principalmente, a indústria de máquinas e equipamentos de cultivo e colheita se aquece, gerando mais empregos e renda para empresas e trabalhadores, além de mais automação no campo.

Apenas 6 das principais feiras de agronegócio do Brasil movimentaram, neste ano, negócios da ordem de mais de R$ 57 bilhões. Detalhe que todas elas, antes e depois da Pandemia do Covid 19,  vÊm registrado aumento de negócios  e de público visitante, expositores, investidores e compradores de máquinas, implementos e novas tecnologias.

Da mesma forma, na pesca e aquicultura, as suas respectivas feiras têm, neste atual momento de evidência e consolidação da cadeia produtiva e de valor da aquicultura/piscicultura, uma importância muito grande. Primeiro, a Feira Nacional do Camarão e Aquicultura (FENACAM), que puxou outras feiras mais voltadas para a piscicultura em nível nacional e que, também, vêm registrando crescimento de negócios, de público visitante e expositores: Aquishow Brasil, que nasceu na pequena Santa Fé do Sul, no interior de São Paulo, e que, de tanto crescer, migrou para uma cidade maior, com mais estrutura

Aquishow, de tanto crescer, migrou-se para cidade mais estruturada (Foto: Divulgação)

para receber visitantes e expositores de todo o brasil e o mundo. Veio, depois, o IFC Brasil (International Fish Congress & Fish Expo Brasil 2023) e, nesta trilha, o Seafood Show Latin América. Quatro são as feiras nacionais voltadas para a pesca e aquicultura no Brasil. Aquishow e IFC Brasil se auto-proclamam a maior do gênero no Brasil, maior que a FENACAM. A verdade é que tanto a Aquishow, bem mais antiga, quanto o IFC Brasil, que concluiu sua 5ª edição na semana passada, registraram crescimento muito grande, tendo por trás o pulso forte e o empreendedorismo da Marilsa Patrício e Emerson Esteve (Aquishow);  Altermir Gregolin e Eliana Panty (IFC Brasil). Mas não tem nada de concreto que tanto uma quanto a outra é a maior do Brasil e bem maior que a FENACAM. É preciso uma auditagem independente. Mas tornaram-se grandes, fundamentais para a pesca e aquicultura, para o Brasil como um todo. Esta disputa pela posição de maior é benéfica. Ganha os dois setores de produção de pescas e frutos do mar. Ganham os patrocinadores e expositores.

Equipe da Copacol, uma das maiores processadoras de tilápia, em visita ao IFC 2023 (Foto: Divulgação)

Feito sensacional e que mostra a importância econômica dessas feiras é a informação da ApexBrasil: na 4ª rodada Exporta Mais Brasil, realizada durante o IFC Brasil deste ano, resultado surpreendente e revelador: quase 17 milhões de dólares em novos negócios.

Novo na praça e prestes a realizar sua segunda edição, no mês que vem na capital paulista, o Seafood Show Latim América, que estreou no ano passado, segue os mesmos passos das outras três feiras supracitadas, embora tenha uma proposta diferente destas outras: a pesca e aquicultura da porteira para fora, ou seja, os negócios nacionais e internacionais de pescados e frutos do mar. Proposta que deu certo, a basear pela edição do ano passado, na qual este articulista também esteve presente, cobrindo-o. A Seafood Show se consolidou logo na primeira edição e tem por trás a revista Seafood Brasil e a competente Francal Feiras.

À margem destas feiras nacionais, estão surgindo as regionais, com destaque para a Expo Pesca e Aquicultura, voltada para a pesca e aquicultura dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia, a chamada região da Sealba. Começou muito tímida no ano passado e, pelo visto, neste ano, se consolidou. Aplausos. Neste segmento está, também, o  PISCISHOW, que caminha para sua terceira edição. Antes voltada para região do MATOPIBA - deixando ótimos resultados para o oeste da Bhia e Tocantins -, a partir do ano que vem volta-se para a região Centro-Oeste do Brasil.

Seafood Show, uma proposta diferente das demais (Foto: Divulgação)

Que venham outras regionais. As nacionais promovem o Brasil como um todo e as pequenas cobrem regiões com vocação aquícola e pesqueira, exercendo papel muito importante nestes dois setores e atraindo investidores de todo o Brasil e o mundo. Nenhuma delas tem a pretensão de chegar a ranking das feiras nacionais. Mas serem fundamentais para a pesca e aquicultura de suas regiões, assim como as feiras regionais do agro de agricultura e pecuária.

Moção de aplauso e respeito às nacionais e as regionais e nossos votos de novo sucesso para a Seafood Show, em outubro e FENACAM, em novembro.