A administração oral de Lactococcus lactis, que produz interferon tipo II, aumenta a resposta imunológica contra patógenos bacterianos em truta arco-íris
Data de Publicação: 23 de julho de 2021 10:13:00
O interferon tipo II no salmão do Atlântico ativa a resposta antiviral, protegendo contra a infecção viral, mas seu papel contra a infecção bacteriana não foi testado in vivo.
*Por Alvaro Santibañez, Diego Paine, Mick Parra, Carlos Muñoz, Natalia Valdes, Claudia Zapata, Rodrigo Vargas, Alex Gonzalez e Mario Tello,
As bactérias do ácido láctico são um veículo poderoso para a liberação de citocinas e peptídeos imunoestimulantes no nível gastrointestinal após a administração oral. No entanto, sua aplicação terapêutica contra patógenos que afetam a truta arco-íris e o salmão do Atlântico tem sido pouco explorada. O interferon tipo II no salmão do Atlântico ativa a resposta antiviral, protegendo contra a infecção viral, mas seu papel contra a infecção bacteriana não foi testado in vivo. Neste trabalho, através do projeto de uma bactéria láctica recombinante capaz de produzir Interferon gama a partir do salmão do Atlântico, exploramos seu papel contra a infecção bacteriana e a capacidade de estimular a resposta imune sistêmica após a administração oral do probiótico recombinante. O interferon recombinante foi ativo in vitro, principalmente estimulando a expressão de IL-6 em células SHK-1. In vivo, a administração oral do probiótico recombinante produziu aumento de IL-6, IFNγ e IL-12 no baço e rim, além de estimular a atividade da lisozima no soro. Os testes de desafio indicaram que a administração do probiótico produtor de IFNγ dobrou a sobrevivência em peixes infectados com F. psychrophilum. Em conclusão, nossos resultados
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Os testes de desafio indicaram que a administração do probiótico produtor de IFNγ dobrou a sobrevivência em peixes infectados com F. psychrophilum (Foto: Salmonexpert)
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mostraram que a administração oral de bactérias lácticas produtoras de IFNγ conseguiu estimular a resposta imune em nível sistêmico, conferindo proteção contra patógenos, apresentando potencial biotecnológico para sua aplicação na aquicultura.
O estudo completo foi publicado na revista Frontiers in Immunology e pode ser lido integralmente no site da publicação. Clique aqui.
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