TOCANTINS – Região sudeste é responsável por 60% de todo o pescado produzido no Estado
Publicado em 16/04/2018


Maioria dos projeto no sudeste do Tocantins é de tanques cavados (Foto: Ascom/Ruraltins)
*Da Redação
Os 13 municípios da região sudeste do Tocantins responde a aproximadamente 60% de toda a produção de pescados no Estado. É o que informa o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), com base em informações preliminares do Censo da Piscicultura, que o órgão está fazendo em todo o Estado. São 9.621 toneladas produzidas em 1.308 hectares de lâmina d’ água. Esta produção movimentou, no ano passado mais de R$ 97 milhões.
O Censo da Piscicultura no Tocantins é realizado em parcerias com as secretarias de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden) e do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), além da Embrapa Pesca e Aquicultura.
Estas informações preliminares foram apresentadas pelo gerente de Pesca e Aquicultura do Ruraltins, Andrey Costa, no Dia de Campo da Piscicultura, realizado na sexta-feira, 13, dentro da programação da Feira Agrotecnológica de Almas (Agroalmas).
De acordo com a pesquisa foram Identificadas 259 propriedades com possibilidades de pisciculturas e aplicados 112 questionários em propriedades que, realmente, possuem a piscicultura como uma atividade.
O estudo mostrou ainda que as espécies de peixes mais cultivadas são: tambaqui (51%), redondos ( tambacu, pirapitinga, dentre outros) com 27%, surubim/pintado (13%), seguidas das espécies matrinxã/piabanha (3,5%), piau (2,6%),curimbatã (0,44%), caranha (0,17%), pirarucu (0,15%) e a tilápia (0,06%) que compõem a produção total da região.
A pesquisa apontou que toda essa produção é desenvolvida em viveiros escavados, barragens, açudes e tanques rede, sendo 54% destinados à comercialização e o restante da produção é direcionado à subsistência e as atividades de lazer. Os municípios de Taguatinga, Almas e Paranã concentram a maioria das pisciculturas, com 77 produtores no total.
O Censo da Piscicultura na região sudeste mostrou ainda que dentre as principais dificuldades encontradas, os piscicultores destacaram o custo da ração, o licenciamento ambiental, assistência técnica, acesso ao crédito, alcance ao frigorífico, alternativas de comercialização, condição e conservação das estradas, curso de capacitação, valor de venda do pescado, mão de obra qualificada e acesso a equipamentos para a piscicultura.
– O que a gente percebe com esse levantamento é que a região sudeste vem se configurando como o maior polo de produção de pescado do Estado. Esses dados são fundamentais para quem está iniciando a criação e deseja investir ainda mais na produção, além de servirem de subsídios para elaboração do Plano de Desenvolvimento da Piscicultura do Tocantins, plano esse que tem como objetivo alavancar o crescimento da atividade no estado colocando-o entre os cinco maiores produtores de pescado do Brasil, em dez anos, e o censo marca o início dessa estratégia de fortalecimento do setor – avaliou Andrey Costa, complementando que o Tocantins, hoje, em se tratando de produção, ocupa o 15º lugar no ranking nacional.
Estratégias
Todo levantamento para saber onde estão às pisciculturas foram feitos por meio de imagens de satélite, disponibilizadas pela Embrapa, via cadastro feito pelo Ruraltins, nos municípios. Até o momento já foram visitadas mais de 1.300 propriedades e aplicados, aproximadamente, 500 questionários, sendo concluído o censo nas regiões sul, sudeste e parte da região central.

Parte da produção de pescada da região é processado nela mesmo (Foto: Ascom/Ruraltins)